segunda-feira, 26 de maio de 2008

O AVESSO QUE TE INVADE



O AVESSO QUE TE INVADE



Eu não me canso de querer saber
O que pensa você,
O que sente você;
Ou como você se sente
Diante de mim.
Você é o sagrado
Que minha luxúria invade;
Eu sou o profano
Que tua santidade aceita;
Eu sou com quem você se deita;
E eu sei que você gosta.
Eu sou o lixo
Que o teu luxo
Lixa
E sabe polir como ninguém.
Eu sou aquele quê,
Que faz a diferença
Na vida de alguém.
Eu sou a magia
Que tira teus pés do chão
E faz você voar;
Sou o homem (e a mulher)
Que faz você gozar;
Eu sou o “muito pouco”
Que o teu “cada vez mais”
Não consegue mais negar.
Eu sou o avesso das tuas virtudes;
Sou o pecado, o vício,
E um emaranhado de vicissitudes;
Eu sou o gosto proibido,
A saliva depravada
Encharcando o teu ouvido;
E não sou o que você queria!
Mas sou tudo que você deseja.
E sou aquilo que você precisa!
E só nós sabemos como você fica
Quando me abraça e beija.
E você que tinha tanto medo
De se entregar...
E eu que tinha tantas dúvidas
De como te tocar...
Fomos nos entregando aos poucos,
E nos permitimos hoje os carinhos mais loucos!
E nos tornamos cúmplices
Nesse tesão secreto.
Nos olhamos na frente dos outros,
Nos falamos,
Sorridentes e amiguinhas;
Conversamos,
E nos cumprimentamos
Tão discretas...
E nos despedimos felizes demais;
Porque sabemos
Que vamos nos ver depois.
Ainda tem que ser assim.
Não posso me queixar,
Porque tenho você;
E isso era o mais difícil de acontecer.
E ainda que eu te deixe
Às vezes sem palavras,
Às vezes às gargalhadas,
Às vezes com lindas lágrimas no olhar,
O melhor de tudo realmente,
É saber que, mesmo diferentes,
O sorriso da mulher que eu amo
Me pertence.
Sou o teu avesso, é verdade;
Mas sou o avesso que te ama
E te invade.


Cacau Rodrigues

POEMINHA REALISTA



POEMINHA REALISTA


Outrora fiz versos...
Diversos...
Agora vivo os versos que fiz.
O amor que eu faço contigo,
Materializa as palavras e me faz feliz.


Cacau Rodrigues

O CÉU



O CÉU


Andei, andei...
Só Deus sabe as pessoas que encontrei,
Os lugares que passei,
Os caminhos que errei.
Passei da curva,
Atravessei a rua, com a visão já meio turva,
Procurando nem sabia o quê.
E numa manhã de beleza rara,
De um sol feliz na minha cara,
Eu conheci você.
Naquele momento,
Parou meu pensamento,
Parece até que vi você por dentro!
Sabia que ‘era’ você.
Não sei se existe paraíso,
Só sei que existe o que preciso;
A força intrínseca no inciso:
O céu que há na beleza e na paz do seu sorriso.
Eu amo você.


Cacau Rodrigues