sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

FELIZ COM MINHA BEBEDEIRA



FELIZ COM MINHA BEBEDEIRA


E eu estou aqui
Feliz com minha bebedeira
Passando na vida de bosta a rasteira,
Gozando os filetes de luz,
Sonhando com os beijos dela,
Amando cada vez mais.
E eu falo de mim,
De nós,
Dos contras, dos prós,
Dos putos dos girassóis!
Detesto girassóis!
Uma filha da puta de vida,
Uma vida de puta
Da filha de uma puta de vida até feliz!
Que destino de merda é esse
Que eu nem quis?
Mas os olhos dela me levam ao êxtase,
O sexo dela me leva ao céu;
O sorriso dela me faz derreter;
E eu tiro o chapéu!
Eu me viro, me deito,
E me deito e me viro,
E me ‘desço’,
E me lambuzo desse mel.
Sim, meu bem...
Aí tiro o chapéu!
E bebo, e como,
E fumo, e morro
Todos os minutos
Que ela não está comigo.
Ser feliz é deslizar na língua dela,
Maravilha é o corpo dela como abrigo.
Novo ano começa,
Há pressa, meu bem?
Apressa!
Estou chegando
Pra amar essa mulher!
E lambuzar aquele corpo
Com saliva de gozo;
Depois molhar aquele corpo
Com champagne nacional;
Porque não tenho caixa pra bancar Moet Chandon, meu bem!
O importante é o efeito dessa boca que eu tenho
No corpo que ela tem.


Cacau Rodrigues