segunda-feira, 23 de junho de 2008

A LUZ DO CABARÉ




A LUZ DO CABARÉ


O cabaré se iluminava
Toda vez que ela entrava.
E nas mesas, descarada,
Se insinuava.

E eu, o seu malandro macho,
Acendia o meu facho,
Toda vez que ela dançava
E rodava.

Bota um tango argentino, amigo!
Essa dama hoje vai dançar comigo!
Eu quero os refletores só pra nós.
Toma esta rosa, que te trago de presente;
Quero vê-la poderosa entre seus dentes,
Quero esse seu sorriso quente
Misturado ao som da sua voz.

E assim eu a levei pro quarto,
Nesse ambiente que eu me farto;
E despejei nosso desejo nessa cama
Suja e oferecida.

Sem o cetim preto e vermelho,
A silhueta no espelho,
Era o luxo mais vulgar de uma dama
Ardilosa e desmedida.

O cabaré se iluminava
Toda vez que ela dançava.
E nos colos, descarada,
Se sentava.

E eu, o seu malandro macho,
Tinha que baixar seu facho;
Nessa noite eu aceitava
Ou matava.

Bota um tango argentino, amigo!
Essa dama hoje vai dançar comigo!
Eu quero os refletores só pra nós.
Toma esta rosa, que te trago de presente;
Quero vê-la poderosa entre seus dentes,
Quero esse seu sorriso quente
Misturado ao som da sua voz.

Assim eu a levei pra cama.
Sem o cetim preto e vermelho,
A silhueta no espelho,
Era de uma dama fria e sem vida.

E nessa noite eu possuí
A mais linda que já vi,
Como fosse a última noite;
Para ”recuerdos” de uma despedida.




Cacau Rodrigues

4 comentários:

Anônimo disse...

Bom Dia Mana
Lindo seu blog e suas mensagens
te adorooooooooo
beijos

Cacau Rodrigues disse...

Boa tarde, mana!

Que alegria ter vc aqui!

Obrigada, hein?

Tbm te adoro, minha Marquesa de Santos!

Beijos.

SAM disse...

Cau,

Este poema é profundamente sonoro. Vamos lendo e plasmando as cenas.

Beijos querida!

Cacau Rodrigues disse...

Que bom, garota.

Essa é a intenção do poeta: ser lido e (re)vivido.

Beijos, minha valentina!