quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Enquanto o mundo desaba... eu faço filosofia de botequim, meu bem!

Enquanto o mundo desaba em minha cabeça, eu corro pra janela e observo a chuva cair.

Vou analisando friamente cada momento, cada detalhe, cada fracasso, cada êxito, cada “cada” ocorrido, sentido, vivido, nesses anos todos. Nossa! Como tive tempestades!

Às vezes acho que sou como um imã que atrai somente forças negativas; às vezes acho que venho pagando uma dívida de outra vida; às vezes acho que algo se atravessou no meu caminho me fazendo sempre cair e recuar. Não sei bem se estou falando coisa com coisa.

Eu sobrevivi a todos os temporais. Todos! Até que resolvi buscar a calmaria do meu lar, do meu ser. Então haveria de encontrar a paz, não? Não. Só encontrei mais medo, mais tristeza, mais loucura, mais desespero, mais dúvidas, incertezas, mais escuridão.

A doença ronda a minha vida, como insetos rodeando a lâmpada; até que perdem as asas, caem, sofrem a natural mutação; e alguns morrem. O que acontecerá então? Não sei. Essa pergunta talvez não tenha uma resposta real, mas suposições. Estou meio “de saco cheio” dessa coisa de querer adivinhar o futuro, valeu? Eu não era assim.

Voltando às minhas bases, percebo que mudei pouco sim, mas mudei muito no que diz respeito ao medo. Hoje tenho medo. A incerteza me dá medo. Eu não era assim.

Quem são os meus amigos hoje?

Quem são os perdidos hoje?

Quem são os que nada são?

Quem são vocês que lêem tantas besteiras que eu escrevo?

Quem sou eu que só escrevo besteiras?

Eu mudei, cara!

Yes! Bingo! Eu malandrei pra outras bandas, valeu?

Hoje sei até fazer comida... rs

Falando sério, eu assumi a minha vida de verdade, a minha casa de verdade, as minhas preferências com a maior dignidade; eu meto no mundo a cara limpa, porque ninguém vai vir atrás de mim pra desfazer minhas bobagens. Ninguém vai poder andar atrás de mim. E ninguém vai chorar se eu morrer, meu bem. As duas pessoas que me esperavam voltar, na verdade uma está meio sem razão e a outra não tem mais gás pra tomar as rédeas da situação. Perdi, meu bem!

Tenho poucos amigos, e sei muito bem quem são.

Amor só te espera até dobrar a esquina, porque na outra rua a vida já muda de mão.

Estou aprendendo a ser só, mas sem viver na solidão.

Mas eu acredito em Deus. Não que eu não acreditasse antes; só que agora eu acho que nada é em vão.

É claro que eu me desespero, choro, e até já dei de cara com a minha tentação. Mas eu tive medo. Se eu cair agora, mundo afora, quem vai vir me levantar? Deixa eu andar, deixa eu caminhar... De pé e de vigília é o estado no qual devo ficar.

Parei projetos, estou beijando menos na boca... rs... Mas eu vou continuar.

Eu ainda sou mais eu! Quem me conhece sabe que “A Cacau Rodrigues não morreu”.

E solenemente, assim um pouco de repente, eu dou um viva à esperança!

Boas vindas, futuro incerto que virá pra me fazer sorrir ou me fazer chorar!

Anda! De pé, minha poesia! A vida nos espera, e não parece estar diante de nós pra brincar!



Eu posso ter errado, ter pecado (será?), posso até ter me “ferrado”. Mas o que eu sei é que posso encarar de peito aberto tudo que virá! Mesmo que seja alguma coisa má.

Quanto às coisas boas... Ah, as coisas boas eu sei muito bem o que fazer com elas... rs.





Cacau Rodrigues

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